Pessoas e lugares coexistem.
Lugares mudam as pessoas.
Pessoas mudam os lugares.
Os dois se alteram um pelo outro, quase contrários.
Pessoas morrem.
Lugares não.
Os lugares são o que é feito deles, as pessoas são o que se permitem.
Pessoas usam lugares para sua serventia,
os fazem e refazem,
lhe conferem valores.
Uma hora elas se vão, mas e os valores?
Pessoas se destroem.
Lugares veem o tempo passar,
não dependem de nada, apenas estão.
Pessoas são um lapso no tempo,
passam por muitos lugares,
mas raras vezes fora lhes inspirado pertencimento.
Como é ser eterno?
Como é ser uma fase na vida de alguém?
Como é estar depois de todos já terem ido?
Afinal, de onde nós somos?
de quem nós somos?